O movimento feminista voltou em força às ruas de todo o país, com dezenas de milhares de mulheres e jovens a participarem nas manifestações do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Os números são impressionantes: 10 mil em Lisboa, 2 mil no Porto e outras centenas de participantes em Braga, Leiria e Faro gritaram bem alto contra o machismo.

Nós, das Livres e Combativas e Esquerda Revolucionária, intervimos no Porto e participámos em Lisboa com um bloco feminista revolucionário e anticapitalista que ligou a luta feminista a todas as outras formas de opressão cuja base é o sistema capitalista. Gritámos bem alto contra a desigualdade, contra a precariedade, contra os abusos sexuais, contra a justiça patriarcal mas também contra a LGBTIfobia e o racismo. Para nós, o feminismo não pode ser transfóbico, não pode excluir trabalhadoras imigrantes e é contra a prostituição, a pornografia e as barrigas de aluguer.

Mais uma vez ficou provado que a juventude está farta deste sistema e todos os seus flagelos. Está farta e cheia de vontade de lutar para derrubá-lo! Ao som de “A nossa luta é todo o dia contra o machismo, racismo e transfobia” e “Desta luta não abro mão, quero trabalho, saúde e educação” expressámos a violência a que este sistema nos expõe, mulheres trabalhadora, diariamente: a dificuldade em arrendarmos um apartamento para fugirmos de um relacionamento violento, a precariedade e discriminação em contexto de trabalho, a opressão por sermos imigrantes, não-brancas ou LGBTI.

A luta organizada é o único caminho para mudarmos verdadeiramente as nossas vidas. Somos cada vez mais e não vamos parar enquanto não construirmos uma sociedade realmente igualitária, justa e digna para todos.

Junta-te às feministas revolucionárias e anticapitalistas!

Junta-te à Livres e Combativas!

JORNAL DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA

JORNAL DA LIVRES E COMBATIVAS