Ontem à noite, a polícia entrou no acampamento pela Palestina e pelo clima na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL), usando extrema violência para desocupar a faculdade do protesto pacífico dos estudantes.
Este acampamento, montado na passada terça-feira, dia 7 de maio, foi saudado pela comunidade estudantil e por muitos dos professores, providenciando aos estudantes um espaço de discussão e de organização contra o genocídio em curso em Gaza e as políticas ambientais desastrosas dos governos capitalistas. O que só faz a intransigência da reitoria mais hipócrita e antidemocrática.
As imagens de polícias a agredir ferozmente estudantes, professores e pais que se erguiam em solidariedade com a ocupa e em solidariedade com a Palestina, são reminiscentes do fascismo e intoleráveis de se assistir. Replica-se em Portugal os mesmos métodos utilizados pelas forças policiais das ditas democracias ocidentais, reprimindo através do terror policial a solidariedade internacionalista para com a Palestina.
Nós, do Sindicato de Estudantes, denunciamos a repressão policial, que cada vez está mais presente nas nossas escolas e universidades, à medida que o movimento estudantil se torna cada vez mais danoso aos interesses capitalistas. E chamamos a todos os nossos colegas a não baixarem os braços, e a continuarem a juntar-se em cada vez maiores números às assembleias, assentadas, acampamentos e ocupas que surgem pelo país, e a organizarem mais ainda, em cada escola, faculdade e cidade que esteja por ocupar.
A polícia não tem lugar nas nossas escolas, nem aqueles que a mandam para atacar o movimento estudantil. A violência com que nos reprimem é sintoma do medo que as classes dominantes têm do movimento em ascensão pelo mundo, nas universidades de múltiplos países, nas ruas e nos locais de trabalho, de uma classe trabalhadora que não está disposta a ficar calada enquanto os nossos irmãos e irmãs palestinianos são massacrados em nome dos interesses imperialistas.
É um sinal claro de que têm medo que, se não a sufocarem o quanto antes, a revolta estudantil se espalhe a todas as faculdades e cidades do país, e que erga consigo um movimento de massas capaz de desafiar o seu poder e pôr fim às suas guerras.
Façamos do seu medo realidade! Multipliquemos os nossos esforços, ocupemos os nossos espaços, expulsemos a polícia e os seus mestres, e ponhamos fim a este massacre!
Solidariedade internacionalista com a Palestina! Fim ao genocídio sionista! Corte de todas as relações políticas e académicas com Israel!