Comunicado distribuido na manifestação nacional de dia 3 de Julho convocada pela CGTP-IN
Este governo continua a não dar resposta às necessidades mais urgentes dos trabalhadores. As poucas concessões são anuladas por impostos indirectos e pela degradação de todos os serviços públicos — saúde, educação, transportes, energia, etc.
Os nossos rendimentos continuam a diminuir. O rendimento médio em Portugal é de apenas 52% da média europeia, enquanto o escalão de rendimentos mais alto é 155 vezes superior ao mais baixo! O salário mínimo actual não nos permite sequer ter uma vida independente. António Mexia, presidente da privatizada EDP, recebeu em 2016 cerca de 300 salários mínimos por mês!
Não podemos esperar que seja um governo PS a defender os nossos interesses. Apenas a nossa mobilização e organização pode abrir caminho às soluções que precisamos. Exigimos investimento público para salvar os serviços públicos! A redução da jornada de trabalho rumo ao pleno emprego e salários que garantam uma vida digna.
Assistimos já a um crescimento da luta dos trabalhadores que culminou no passado dia 26 de Maio com a greve geral da Função Pública. É preciso continuar! Exigimos o fim dos contratos precários, das Empresas de Trabalho Temporário e dos falsos recibos verdes. Para envolver os trabalhadores do privado é preciso preparar desde já uma greve geral. Esperámos o suficiente!
35 horas para todos! Por um plano nacional de pleno emprego!
Contratação colectiva para todos! Fim da precariedade!
600€ já! Rumo a um salário mínimo de 900€!