Todos os anos se repetem os números da violência machista. Este ano já foram assassinadas 25 mulheres e registadas 23.306 ocorrências de violência doméstica — 85 ocorrências por dia! Esta violência é levada a cabo, na esmagadora maioria dos casos, por companheiros ou ex-companheiros. Também o aumento da violência no namoro e do assédio radicam no mesmo machismo. Uma autêntica epidemia onde mulheres morrem às mãos dos seus parceiros e familiares, que as consideram como sua propriedade.

E o crescimento da extrema-direita vem potenciar esta violência, não apenas contra a mulher mas também contra as pessoas LGBTI. Para estes reacionários, a mulher é sempre a culpada, é sempre a que se põe a jeito e deve ser disciplinada. 

A isto dizemos basta!

Sabemos bem o que querem estes machistazecos que nos chamam histéricas querem. Querem-nos submissas, querem manter os seus privilégios, de assediar a seu bel-prazer sem que nada lhes aconteça ou de não mexerem uma palha nas tarefas domésticas.

O Estado protege os machistas

Para isto contam com toda a estrutura desta sociedade patriarcal. Com uma justiça machista que sugere ao agressor que leve a vítima a passear entre outros exemplos igualmente inqualificáveis e desprezíveis. Com a polícia que, não raras vezes, ignora os pedidos e denúncias das mulheres que acabam por ser assassinadas. E com a sociedade em geral que continua a esconder a violência machista e sexual, não apenas contra a mulher, mas como se viu recentemente nos casos de pedofilia da Igreja Católica.

Esta impunidade tem de acabar! E para isso é preciso sair às ruas aos milhares como as mulheres trabalhadoras e a juventude têm feito nos últimos anos, mostrando a força do nosso movimento. A luta coletiva e armada com um feminismo anticapitalista e revolucionário é o caminho para a nossa emancipação! 

Solidárias com a Palestina

Neste Dia Internacional contra a Violência Machista, nós, das Livres e Combativas acrescentamos igualmente uma dimensão internacionalista à nossa luta. Relembramos e solidarizamo-nos com todas as vítimas do genocídio sionista, que conta já mais de 13 mil mortos e dezenas de milhares de vítimas. Não há como assistir às imagens da barbárie que cai sob as nossas irmãs, crianças e todo um povo da Faixa de Gaza e não estar solidário com todas elas e eles e condenar da forma mais veemente o Estado português, a NATO e todos aqueles que defendem este massacre.

O sistema capitalista só nos oferece opressão, miséria, violência machista e guerra. Queremos acabar com este sistema, queremos e merecemos viver num mundo sem opressões. E o nosso movimento não vai parar!

Participa nas manifestações do Dia Internacional contra a Violência Machista convocadas em várias cidades do país:
- Lisboa, 15h Largo do Intendente
- Porto, 14:30 Praça da República

Junta-te às Livres e Combativas! Vem construir o feminismo revolucionário e anticapitalista!

JORNAL DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA

JORNAL DA LIVRES E COMBATIVAS

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