No sábado, dia 7 de junho, realizou-se a Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa cujo percurso se estendeu desde o Marquês de Pombal até à Praça do Comércio. Várias dezenas de milhares de pessoas estiveram presentes e fizeram-se ouvir bem alto contra a queerfobia, o genocídio na Palestina, o machismo e todas as formas de opressão.
A Marcha do Orgulho de Lisboa tem vindo em crescendo em anos recentes e adquirindo um carácter cada vez mais politizado, sem abandonar o seu carácter festivo. Os direitos democráticos e sociais em geral e das pessoas queer em particular estão cada vez mais sob ataque pela direita e pela extrema-direita. A vitória destes reacionários, primeiro há um ano, e novamente no mês passado, fizeram aumentar a violência contra nós, pessoas queer quer por parte de grupos neonazis e de extrema-direita quer por parte da polícia e instituições estatais.
Mas não voltaremos ao armário! Ontem demos essa resposta contundente nas ruas. Aos gritos de “Nem um passo atrás!”, “A nossa luta é todos os dias contra o fascismo, o machismo e a transfobia” e muitas outras palavras de ordem deixámos clara a força do nosso movimento e a sua capacidade de mobilização.
Também não foi esquecido o genocídio da Palestina e o sofrimento e resistência do povo palestiniano. Através das instituições estatais, o Estado sionista e fascista de Israel continua a ter operar uma estratégia de pinkwashing, tentando cooptar a nossa luta e o nosso movimento para apoio à sua política de extermínio típica dos nazis. Não aceitamos isso e denunciámo-lo bem alto gritando que “Israel é um Estado assassino! Viva a luta do povo palestino!” e que “Free, free Palestine! No pride in genocide!” durante várias horas.
A Esquerda Revolucionária e as Livres e Combativas estivemos presentes com uma banca e um bloco a reivindicar a ideia de um orgulho revolucionário, que não se assimila a este sistema, recuperando o espírito de Stonewall, que denuncia a transfobia e que não aceita a mercantilização e turistificação do nosso movimento por iniciativas como o Europride.
Junta-te à Esquerda Revolucionária e às Livres e Combativas!