As alterações climáticas converteram-se numa realidade e num perigo grave para o futuro do planeta e da Humanidade. São uma consequência directa da acção humana, ou melhor dizendo, da acção humana sob a lógica e funcionamento do sistema de produção capitalista. A cada ano que passa os recordes de temperaturas são ultrapassados — o degelo atinge proporções inimagináveis e os eventos catastróficos, como ondas de calor, tempestades e incêndios, aumentam em quantidade e intensidade. As catástrofes provocadas por alterações climáticas transformaram o quotidiano de milhões de pessoas por todo o mundo, afectando particularmente os mais pobres e quem vive nos países dominados pelo imperialismo.

Os principais poluentes são os gases com efeito de estufa resultantes sobretudo da queima de combustíveis fósseis. Em Portugal, as concessões de exploração e extracção petrolífera previstas irão destruir os ecossistemas e a qualidade de vida das populações, enquanto que os lucros daí retirados ficarão nas mãos das grandes multinacionais.

Um culpado: o capitalismo

Para salvar o planeta e as nossas próprias vidas precisamos de ir além da crítica aos combustíveis fósseis. Sem dúvida, o capitalismo é o modo de produção na história que conquistou mais melhorias de vida para a humanidade, mas tornou-se, ao mesmo tempo, o mais agressivo para o meio ambiente. Isto deve-se à competição desenfreada pelo lucro a qualquer custo, inerente a este sistema.

Somos todos os dias bombardeados com críticas individualistas ao consumo. Apontam-nos como culpados se não reciclamos, se não temos determinados hábitos alimentares, e culpam-nos até pelo modo como nos fazemos transportar. Mas nunca é referido que apenas 90 empresas são responsáveis por dois terços de toda a poluição no mundo.

Se o movimento ecologista quer atacar a raíz das alterações climáticas, então tem de rejeitar a lógica do lucro e do mercado e adoptar uma perspectiva socialista. Não há solução para o planeta em capitalismo!

Hoje, os avanços científicos permitiriam começar a travar e até a reverter estas alterações climáticas e garantiriam um mundo ecologicamente sustentável. No entanto, sob o capitalismo, sem uma planificação democrática da economia e com cada capitalista priorizando a obtenção do máximo benefício a curto prazo, como é próprio das multinacionais capitalistas, tal tarefa apresenta-se impossível.

Os estudantes têm um papel nesta luta!

O Sindicato de Estudantes chama os estudantes para esta greve e para os protestos pois reconhece o seu papel nesta luta enquanto parte importante do futuro da classe trabalhadora e das gerações vindouras.

A participação dos estudantes deve estar sempre vinculada ao movimento da classe trabalhadora, a única classe que combate os danos do sistema capitalista e é verdadeiramente capaz de derrotar este sistema e construir uma nova sociedade.

A intervenção em massa dos estudantes em todas as mobilizações e lutas dos trabalhadores, desde as greves a movimentos como o feminista, dá aos estudantes a oportunidade de reforçar a solidariedade de classe e contribuir para a unificação das lutas no único sentido em que de facto ela pode fazer a diferença: enquanto luta contra o capitalismo como sistema anti-sutentável.

O Sindicato de Estudantes defende por isso a mobilização das organizações de trabalhadores para um plano de luta que aponte a uma greve geral capaz de atingir os capitalistas onde mais lhes dói: no lucro.

Junta-te às manifestações de 27 de Setembro!

O capitalismo mata o planeta!

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